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GUERRA QUÍMICA NO MARANHÃO!!!


A situação dos agrotóxicos no Maranhão está alarmante. De acordo com levantamento realizado pela Rama, Fetaema e Lepeng UFMA, só nos primeiros quatro meses foram pelo menos 89 comunidades em 21 municípios, impactadas pela pulverização aérea.


Esse número ainda pode ser muito maior, uma vez que há regiões do estado que o levantamento ainda não alcançou e que não param de chegar denúncias ao nosso grupo de trabalho.


A situação implica em riscos à saúde, segurança alimentar, acesso à água, entre outros, sendo a pulverização realizada por grandes fazendeiros e empresas, que despejam o veneno de forma indiscriminada sobre pessoas, residências, plantações, rios e igarapés.


Infelizmente essa prática tem se tornado cada vez mais comum, trazendo consigo uma série de impactos para essas comunidades e para a natureza, como a contaminação das águas, envenenamento dos alimentos, perda de produção da agricultura familiar, além de adoecimento, tanto físico quanto psicológico.


Estamos diante de uma verdadeira guerra química contra as comunidades tradicionais.

Vídeo apresentado pela Rama durante a Audiência Pública sobre pulverização aérea de Agrotóxicos no Estado do Maranhão, realizada no dia 21 de maio de 2024, no auditório da Fetaema, em São Luís-MA.

Além de promover a grilagem de terras e o desmatamento e a degradação de ecossistemas dos biomas Cerrado e Amazônia, essa guerra busca amedrontar as comunidades, forçando-as a abandonar suas terras para o avanço do agronegócio e também de estruturas para a mineração.


Alguns órgãos foram oficiados sobre a situação, como Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do maranhão (NDH/DPE-MA), Comissão Estadual de Prevenção à Violência no Campo e na Cidade (COECV), Ministério Público do Estado do Maranhão (MPF-MA), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do estado do Maranhão (SEMA) e Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES) solicitando providências urgentes, contudo, até o momento, não foi recebido nenhum retorno.

Enquanto isso, após uma maior visibilização das denúncias, observamos um aumento assustador na quantidade de pessoas sendo ameaçadas em seus territórios, principalmente por par parte de grandes empresas e fazendeiros, que são os que vem sendo denunciados.

Tudo isso no estado que se mantém no topo da lista entre os mais violentos, aquele que mais mata por conflitos agrários entre os estados brasileiros, estando as comunidades tradicionais na mira direta dessa guerra química.



Queremos soberania popular, bem viver e garantia de alimento e vida para as comunidades do Maranhão!

Queremos Territórios Livres de Veneno!!! 🌱


Conheça e apoie nossa a Campanha "Chega de Agrotóxicos!"




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